segunda-feira, 25 de maio de 2015

E quando eu senti o oco

Ao invés de me lamentar pela minha ânsia de sei lá o que, vou relembrar parte do que me trouxe até aqui. Sempre duvidei do meu sexto sentido, e ele me deu várias razões para não ser levado a sério, até chegar à conclusão que eu nasci somente com cinco sentidos. Estava enganada! Nunca apareceu, e quando resolve aparecer não poderia ser levado a sério, tadinho!
Nem sempre vivi em busca de uma história de amor,e nessa época tava na fase do tempo só pra mim, desculpa de quem só quer pegar e não se apegar e uns porres nos intervalos. Foi quando o fulano reapareceu – reaparecer no sentido de que éramos amigos que se afastaram no caminho, mas só amigos - , ele me irritava profundamente. Me diga com sinceridade, quem não se irrita com torpedos constantes de letra de música? Originalidade, por favor.
Quando disse que me amava com uma semana de pegação, me deu uma vontade de sair correndo, e essa sensação era meu sexto sentido querendo se comunicar depois de anos. Hoje eu penso que deveria ter escutado, fdp porque demorou tanto?
Depois de anos só encontrando canalhas (são canalhas, mas como são bons), resolvi dar uma chance pro Fulano com boas maneiras, depois de três meses fui pedida em casamento, foi o suficiente para abrir mão da minha vida, da dignidade, da vontade de viver, minha vida passou a ter trilha sonora. E a dica é, não se iludam com boas maneiras, qualquer cretino sabe ser educado.
Voltando ao assunto, larguei minha casa e me mudei pra casa dele, foram três anos de muito amor, mentira, foram três anos de bipolaridades, que depois de um tempo começou a se instalar em mim. Tá bom assumo que tivemos momentos felizes, mas casamento deveria vir junto com um manual, ninguém te avisa que acordar e dormir todo dia ao lado de alguém te faz amar e odiar em segundos.
Primeiro abri mão da minha casa, foi um pulo para abrir da minha vida profissional, me dedicar a ser esposa era minha missão, nossa missão e com a vontade de ser esposa também vem junto à vontade de ser mãe, e como um passe de mágica eu virei uma neurótica e mãe de um marmanjo. Claro que é exagero, nem tava tão neurótica assim, plantar bananeira depois do sexo é super normal!
E porque a maioria das mulheres acaba sendo mãe de seus parceiros? Isso é um erro e a certeza do fracasso é quase palpável, não quero ser mãe de um filho mais velho que eu, aliás ninguém quer, mas isso acontece naturalmente e ninguém se opõe. Não posso negar que ele era simplesmente apaixonante e super convincente, era impossível não acreditar em tudo, ele sabia me convencer, de diversas formas.
Acredito que vivo minha vida como em um livro, por capítulos, às vezes quando queremos todos os prazeres do mundo chega um momento que sentimos o oco, um vazio, e nesse momento saímos em busca de algo para preencher esse vazio, que melhor solução para preencher o vazio que um casamento? Tem várias outras, por exemplo, terapia, você não precisa dormir com o terapeuta e nem escutá-lo, fora que é bem mais econômico. Nesse época ainda não tinha o jardim secreto (o livro de colorir para adultos).
Depois de alguns chifres e de uma sogra insuportável, eu me vi sem casa e sem emprego, o único caminho foi procurar refúgio na casa dos pais e recomeçar uma nova história.

Mas essa não foi a primeira vez que tive que recomeçar, já reescrevi algumas outras antes, e a melhor parte é encontrar aquele canalha e ver como ele ficou feio e barrigudo. Desculpa o tom fútil e rancoroso, mas toda mulher que já sofreu por um canalha sabe o quanto é bom um reencontro assim. Mas como como não quero deixar uma má impressão, vou terminar dizendo que o melhor mesmo é saber superar e se tornar uma pessoa melhor depois de tudo.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

E agora?

São exatamente 02h18 do dia 22/05/15 e eu não consigo dormir só pensando que faltam 18 dias para completar 29 anos, e a pergunta que não quer calar é; será que consigo mudar minha vida em um ano?
Muitas coisas se falam sobre os 30 anos, e em quase todas mostra o quanto somos mais maduros e cientes do que queremos quando estamos chegando lá. Pois bem! Esse ser, super maduro e que sabe exatamente o que quer, não sou eu, tenho a sensação que aos 20 anos eu era bem mais determinada, e com o passar do tempo fui ficando a cada dia mais confusa.
Me sinto como a protagonista do filme "Os homens são de marte e é pra lá que eu vou", juro que se houvesse príncipes em marte já estaria lá. Mas voltando a realidade, um dos meus medos é pensar que estou ficando mais velha sem um bofe magia pra me tirar da solidão (tom dramático). E encontrar com aquela sua tia avó é quase uma tortura, porque sempre vem acompanhada da terrível pergunta sobre filhos e marido, como se você já não tivesse a consciência que o tempo está passando, ninguém pergunta o que você quer, sua opinião é quase insignificante e quando responde que está solteira há sempre um olhar de piedade, o que te faz ficar com medo de acabar solteira para todo o sempre e automaticamente um cronômetro aparece na sua mente mostrando que seu tempo está se esgotando. Sempre existe uma alma caridosa pra dizer que o que é seu tá guardado. E essa frase de "efeito" é a cereja do bolo para que eu me sinta o personagem estranho do Senhor dos Anéis em busca do meu precioso.
Mas, como estou exercitando meu lado otimista, sempre procuro uma luz para o caos que se encontra minha vida e cheguei a conclusão que, o lado bom de recomeçar do zero é que tenho várias opções, mesmo parecendo que não tenho nenhuma. O primeiro passo foi dado, me manter positiva, o segundo ainda estou decidindo...
Talvez matar meu cupido...


O que eu quero com isso...

Sou uma alma inconstante, essa não é definitivamente minha melhor definição mas é mais poético assim, não sei o que quero e nem pra onde vou, meu barco tá a deriva e eu estou tentando achar meu caminho nesse mundo maluco. Na realidade é difícil aceitar que sou uma pessoa confusa, e o pior é ficar mais velha e continuar sem saber exatamente qual é a minha busca. Então, resolvi contar a minha história e tentar reunir outras pessoas que assim como eu, também estão em busca de alguma coisa ainda desconhecida.
A minha certeza é que gosto de me apaixonar e tenho um número incontável de histórias de amor que não tiveram um final feliz, mas que renderam um pouco de humor com uma pitada de drama. Quem sabe eu consiga reunir várias histórias de amor que deram certo e tantas outras que não deram certo, e mostrar que mulheres sofrem, choram mas recolhem os cacos e vão em busca de outra história.